Parabéns!
Apesar da qualificação não estar ainda garantida (falta jogar a 2ª mão em Portugal na próxima terça-feira), a jovem equipa de Sub-21 de Portugal está de parabéns pelo que fez ontem e pelo que tem vindo a fazer nesta campanha de qualificação para o Europeu de Sub-21 em 2015.
Em primeiro lugar, parece-me um pouco para o insensato, obrigar uma equipa que na fase de grupos termina em primeiro (Portugal só com vitórias) que vá disputar um acesso à fase final no play off. Certamente seria viável o aumento do número de equipas participantes, uma vez que de momento só 8 dos 52 países europeus é que participam na fase final.
Ilações
- "Portugal não tem talento", "Não há alternativas viáveis para a Seleção", "É o fim dum ciclo"... Estas frases têm sido proferidas em massa por alguns entendidos do futebol com que eu discordo. Sou um pouco nacionalista e acredito em Portugal e nos portugueses e para todos os que não acreditam haverá certamente "miúdos" a provar que estão errados. Acho que é necessário trabalhar e dar oportunidade aos talentos de crescer e evoluir, o jogo é tão mais rico que um sem fim de treinos e é isso que estes jovens precisam na minha opinião: Jogar.
- "Não temos avançados", de facto é notório, até o mais leigo na matéria é capaz de ver que Portugal carece de avançados de qualidade. Mas então não há alternativas? Há pois, e Rui Jorge demonstrou que sem um avançado consegue construir uma equipa competitiva, dinâmica, pressionante e com um estilo de jogo atractivo e mais importante de tudo competitivo. Não seria esta uma solução para a equipa principal? Será que finalmente, com Fernando Santos haverá alguma mudança em termos de sistema de jogo e estratégia?
- "Coletivo é mais importante que as individualidades", é um dado adquirido e por muito que as individualidades possam ser uma mais valia, não podem ser a solução para tudo. Portugal demonstrou grande espírito coletivo, de entreajuda e cooperação e é isso que se pede aos jogadores que representam a nossa nação.
Factos e números
Do 11 titular da Holanda é interessante observar que apenas um jogador joga fora do seu país (Nathan Ake). Todos os outros actuam na principal divisão Holandesa, a Eredivise.
Do 11 titular de Portugal, são 4 os jogadores que actuam fora do país, 2 em França (Rafael Guerreiro e Bernardo Silva) e 2 em Espanha (Rúben Vezo e Ivan Cavaleiro).
Em termos de minutos jogados pela sua equipa, o 11 da Holanda tem uma média de 778 minutos de jogo o que perfaz 8,6 jogos esta temporada.
Os jogadores portugueses, têm menos de metade dos minutos de jogo, 364, ou seja, 4 jogos realizados esta temporada.
Nota final
Como nota final gostava de deixar esta frase de Norton de Matos: «Talento sem trabalho não nos leva a lugar nenhum», este trabalho não deve ser apenas exigido aos jogadores mas também a todos aqueles que dão o seu contributo para a sua evolução, técnicos, adjuntos, massagistas, fisioterapeutas, agentes desportivos e até os adeptos. Todos temos um contributo a dar para a melhoria dos talentos de Portugal, seja no futebol ou em qualquer área que estejamos envolvidos. O dinheiro não nasce das árvores e o talento não cai do céu.
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